Justiça Federal iniciou interrogatórios sobre desastre da barragem de Mariana, MG
O interrogatório dos réus do processo sobre a tragédia de Mariana (MG), que ocorre pela Justiça Federal, iniciou nesta segunda-feira (06). Serão interrogados a mineradora Samarco, empresa responsável pela barragem de Fundão, e suas controladoras, BHP e Vale, além dos trabalhadores das companhias na época do acidente. Ao longo da semana, os réus ouvidos serão os dois gerentes operacionais da Samarco, Daviely Rodrigues Silva e Wagner Milagres Alves, o presidente da companhia, Ricardo Vescovi de Aragão e o Kléber Luiz de Mendonça Terra, diretor de operações e infraestrutura. Todos trabalhavam para a empresa.
A tragédia ocorreu no dia 5 de novembro de 2015, quando a barragem de Fundão, da mineradora Samarco, se rompeu despejando 40 bilhões litros de rejeitos de minério sobre os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, localizados no município de Mariana (MG), o que chegou a atingir o leito do Rio Doce, no Oceano Atlântico. O desastre resultou em 19 pessoas mortas, 250 feridas e mil moradores do local ainda estão desalojados, vivendo em hotéis e casas alugadas.
Até o momento, o engenheiro e gerente operacional da Samarco já foram ouvidos, mas se mantiveram em silêncio. A Samarco afirmou, em nota, que não irá comentar sobre o caso e a Vale afirmou que prestará todos os esclarecimentos por meio de seu representante à justiça.
Foto: Antonio Cruz
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