Suspeito de planejar a morte de Marielle movimentou R$64 milhões, diz PF

Preso nesta segunda-feira (24), suspeito de estar envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa movimentou quantias milionárias em sua conta pessoal e por meio de uma empresa. 

De acordo com o relatório da Polícia Federal (PF), com base em informações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), entre março de 2019 e outubro de 2021, a conta bancária de Maxwell recebeu R$569 mil e fez pagamentos de R$567 mil. 

Como bombeiro, ele ganhava R$10 mil mensais, porém, nesse período, a movimentação da sua conta bancária pessoal foi de R$1,1 milhão. A Polícia Federal aponta que esses valores representam o dobro dos seus rendimentos e são incompatíveis com suas atividades como servidor público. 

Além disso, uma empresa vinculada a Maxwell obteve créditos e débitos no valor de R$5,3 milhões em operações suspeitas de lavagem de dinheiro. Segundo informações da PF, os valores foram movimentados em um período após o crime. 

O órgão detectou, ainda, transações bancárias com pessoas suspeitas de estarem envolvidas com a milícia e acusadas de estelionato e importação irregular. Ele recebeu uma transferência de R$142 mil de um miliciano, Fábio Nobre de Almeida, indica a investigação. 

Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo 

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