Bolsonaro é julgado por abuso de poder e discursos antidemocráticos

O vice-procurador Eleitoral, Paulo Gonet, defendeu nesta quinta-feira (22) a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por abuso de poder político. O julgamento, que teve início nessa manhã, trata da divulgação de ataques ao sistema eletrônico de votação. O caso ocorreu durante reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada.  

O pedido foi feito pelo PDT ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para questionar a legalidade da reunião. A acusação contra o ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.  

De acordo com Gonet, Bolsonaro cometeu abuso de poder público por transformar o evento com embaixadores em “ato eleitoreiro” para proferir discurso de “desconfiança e descrédito” sobre as eleições de 2022.  

“O evento foi deformado em instrumento de manobra eleitoreira, traduzindo o desvio de finalidade”, acrescentou o vice-procurador.  

O julgamento será retomado na terça-feira (27), quando o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves, será proferido. Se condenado, Jair Bolsonaro ficará inelegível por oito anos, não podendo disputar as duas próximas eleições. 

 

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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