Depois de 13 anos, Paulo Pelegrino, 61 anos, se cura do câncer com tratamento alternativo de terapia celular
Por Luíza Quintanilha
Paulo Pelegrino, de 61 anos, recebeu a notícia da remissão total da doença, após um mês de tratamento. Ele lutava há 13 anos contra um linfoma. O caso chamou atenção dos médicos por obter uma resposta tão positiva. O caso surpreendente aconteceu em São Paulo, a partir de um estudo na rede pública de saúde.
O tratamento funciona da seguinte forma:
- Ela inicia com a coleta dos linfócitos de defesa tipo T do paciente, que agem como “soldados” no sistema imunológico;
- São levados para o laboratório e alterados geneticamente. Assim, essas células são alteradas para poderem reconhecer o câncer, e com isso são multiplicadas em milhões;
- Após a alteração, são devolvidas para o paciente, onde cumprirão seu objetivo de detectarem e matarem os tumores sem prejudicar as células saudáveis.
A terapia é eficaz contra três tipos de câncer: Leucemia Linfoblástica B, Linfoma não Hodgkin de Células B e Mieloma Múltiplo.
“Foi uma resposta muito rápida e com tanto tumor. Fico até emocionado ao ver as duas ressonâncias de Paulo. Fiquei muito surpreso de ver a resposta, porque a gente tem que esperar pelo menos um mês depois da infusão da célula.”contou Vanderson Rocha, especialista em Hematologia Terapia Celular.
O procedimento tem sido feito de forma compassiva. Assim, quando o paciente, em estágio avançado da doença, é aceito em programa de tratamento, os médicos conseguem autorização por meio da Anvisa para aplicarem o método. 69% dos pacientes tratados tiveram remissão em 30 dias.
Novos pacientes devem ser tratados com o CAR-T Cell, proveniente de verba pública já para o segundo semestre, após autorização da Anvisa. Hoje o tratamento só é possível na rede privada e custa em média R$ 2 milhões por pessoa.
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