Substância alucinógena extraída de sapo é usada como droga em rituais espirituais
Por Luíza Quintanilha
Espécie de sapo, conhecida como Bufo Alvarius, ficou conhecida por ter uma substância psicoativa em seu veneno, que pode ser extraída a partir da pressão feita nas glândulas de sua pele. A polícia já iniciou as investigações sobre de rituais que praticam sessões ilegais com o uso do veneno.
As pessoas que usaram a droga relataram surtos psicóticos após a ingestão. A advogada Gabriela Augusta Silva, em entrevista ao G1, contou que, após fazer uso da droga, sofreu com crises de pânico e ansiedade, problemas respiratórios, surtos psicóticos e pensamentos suicidas. Ela compartilhou que estava buscando superar o luto do irmão, falecido em um acidente de carro, além de uma maior conexão com Deus. A vítima afirma que, depois da sessão, nunca mais foi a mesma pessoa.
Gabriela diz nunca ter tido problemas relacionados à saúde mental, mas chegou a ser internada em um hospital neurológico e passou a tomar remédios controlados após inalar a substância.
Segundo o diretor do Laborátorio de Biologia Estrutural do Butantan, Carlos Jared explica que o consumo de 40 mg da substância já é suficiente para gerar um efeito anestésico. A partir de 100 mg, o uso pode causar alucinações. O veneno 5-MeO-DMT está na lista de substâncias proibidas no Brasil pela Anvisa e sua extração é classificada como crime.
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