Vinicius Jr. é alvo de racismo em jogo pelo Campeonato Espanhol 

Por Carlos Gabriel Tolêdo

No último domingo (21), o jogador do Real Madrid foi alvo de racismo, novamente, na partida contra o Valencia, pela La Liga. No segundo tempo, o Valencia vencia por 1 a 0, quando torcedores do clube atiraram uma bola no campo, com a intenção de atrapalhar uma jogada do clube merengue. Com a paralisação da partida, era possível escutar parte do estádio gritando “mono”, que significa macaco em espanhol. 

Vídeos, que foram postados no Twitter, estão sendo denunciados pela La Liga e saindo do ar no site. Eles mostram as cenas de racismo sofrido pelo atacante brasileiro. As imagens ainda mostram Vini Jr. se dirigindo ao árbitro da partida, alegando que torcedores da equipe do Valencia proferiram gestos racistas para o jogador.  

Vinicius Jr. na partida contra o Valencia  – Foto: EFE/ Biel Alino 

Após o jogador comunicar ao árbitro, uma confusão se iniciou e Vini chegou a levar um mata-leão de Hugo Duro (Valencia), e na tentativa de fugir do golpe, o atacante acerta o rosto de seu agressor. O VAR foi acionado e somente Vinicius Jr. foi expulso. 

Em entrevista depois do jogo, Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, não quis falar sobre o resultado do jogo, mas sim do que aconteceu. 

“Eu não quero falar de futebol. O que aconteceu aqui é mais importante do que uma derrota, não acha?” – retrucou o técnico.  

Após a partida, Vinicius Jr. se pronunciou nas redes sociais:

Foto: Reprodução/Instagram

Em resposta a jornalista que comentou sobre estar defendendo Vinicius Jr. ser aplaudido por sua atitude, Xavi Hernández, técnico do Barcelona, disse: 

“Não tem nada a ver ele ser jogador do Real Madrid, antes de ser jogador do Madrid ele é um ser humano. São pessoas independente dos clubes que jogam” 

Na noite do dia 22 de maio, as luzes do Cristo Redentor foram apagadas em solidariedade a Vinicius Junior e o jogador voltou a postar em suas redes sociais:

Vinicius Junior tem um instituto com o seu nome em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, e nele, junto da equipe pedagógica e com o professor Allan de Souza, o jogador criou um programa antiracista. O trabalho está sendo desenvolvido há alguns meses e é voltado aos professores de redes públicas, que após as oficinas, podem trabalhar o assunto em sala de aula e poderão identificar e combater as situações racistas com seus alunos. 

 Foto: Jose Breton/ NurPhoto/picture Alliance 

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