China proíbe modelos femininas em anúncios de langerie, mas homem pode
A rígida censura do regime chinês se estende cada vez mais além das questões políticas, avançando também sobre questões comportamentais, do cotidiano da sociedade.
Como consequência da sua mais recente determinação, desde o mês de janeiro inúmeras transmissões ao vivo de venda online de peças de lingerie têm sido tiradas do ar, devido o uso de modelos femininas vestindo as peças.
A solução encontrada por muitos anunciantes foi a de substituir as moças por rapazes, que agora são vistos nestas peças vestindo sutiãs e calcinhas de tecidos finos.
A substituição forcada tem sido alvo de inúmeras discussões pelo país, mas o fato é que se trata de uma indústria bilionária, que precisa seguir em atividade. Diante das pesadas proibições impostas pelo partido comunista chinês à sua população, no prolongado período de lockdown, o comércio online apresentou um vertiginoso crescimento, com um número de usuários acima dos 460 milhões (ou mais de duas vezes a população do Brasil), gerando um faturamento estimado em 2021 de 720 bilhões de dólares.
Imagem: Flipboard