Tirolesa vai ligar Pão de Açúcar e o Morro da Urca

Já em construção e com previsão de ser inaugurada no início do segundo semestre deste ano, a futura atração proporcionará aos visitantes percorrer 755 metros pelos ares, içados por cabos, numa descida de 50 segundos, podendo atingir 100km/h. Será um salto que partirá de 395 metros de altitude, entre o Pão de Açúcar e o Morro da Urca e uma nova forma de vivenciar as maravilhas da Cidade Maravilhosa. Segundo os idealizadores, o projeto será uma aventura segura, sustentável e acessível a todos, e dará uma nova cara ao turismo carioca. Foram investidos R$ 50 milhões com 52 empregos diretos gerados.

Apesar das críticas às interferências no monumento natural, o CEO do parque, Sandro Fernandes, assegura que todas as licenças foram obtidas junto a órgãos competentes. Ele detalha que a tirolesa terá quatro vias de descida paralelas, com partidas e chegadas em plataformas próximas às estações do teleférico. Os cabos serão quase imperceptíveis na panorâmica da cidade, com 15 milímetros de diâmetro, menores que os 50 milímetros que sustentam o bondinho.
“Vamos trazer esse esporte a um outro patamar, com o mesmo nível de segurança reconhecido há 110 anos no bondinho — diz Fernandes. — Um sistema eletrônico-digital, com sensores, jamais permitirá que uma pessoa parta da rampa no Pão de Açúcar enquanto a que desceu anteriormente não tiver saído da via”, explica o CEO.

Fernandes ressalta que o passeio será acessível a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Uma empresa especializada em acessibilidade foi contratada com o objetivo de que a tirolesa ofereça equidade a quem quiser experimentar a atração.
Sobre preocupações da vizinhança a respeito da poluição sonora da tirolesa, a secretária lembra que o projeto promete capacetes acústicos para reduzir ruídos dos gritos dos visitantes, enquanto se espera que o barulho da operação do maquinário não se distingua do que ocorre hoje com os bondinhos. Além disso, lembra que a supressão de vegetação para as obras não é significativa, mas que, em compensação, está em curso um processo de reflorestamento e recuperação ambiental no local.

Foto Pedro Garrido